Fonte: Revista crescer Notícias
Diante da separação, a criança pequena costuma fazer perguntas como “cadê o papai?”,“por que a mamãe não está aqui?”, “por que vocês brigaram?” etc. Suas dúvidas e inseguranças, no entanto, vão além do que perguntam. Existe o medo do abandono,da perda do amor do pai ou da mãe e um sentimento de culpa. O psicólogo Ricardo Muratori explica que nesta fase predomina a fantasia: a criança acredita que o que ela pensa acontece. Entre os meninos, por exemplo, é comum desejarem a mãe só para si em um momento e, em seguida, identificarem-se mais com o pai. “Quando a separação acontece diante desse conflito afetivo, vem a culpa, a idéia de que foram seus desejos que desencadearam todo o processo”, afirma. As crianças também podem regredir em relação a aquisições já feitas (voltam a fazer xixi na roupa, não articulam as palavras tão bem quanto faziam, por exemplo). Podem demonstrar raiva, angústia, agressividade, ter choros freqüentes e birras mais acentuadas, alterações de sono e de apetite, dores de cabeça, vômitos e febres. Na hora de ir à escola, podem surgir dúvidas do tipo: “Se meu pai já saiu de casa e me deixou, será que minha mãe vai voltar para me buscar?”.
Para acalentar essa criança e acalmar seus conflitos emocionais, é preciso muita conversa. Ela tem de perceber o interesse dos pais em seus sentimentos.“Verbalizar colocações como ‘entendo que você esteja triste e que esteja sendo difícil’ é positivo, pois ajuda a criança a se sentir compreendida e amparada”,diz a psicóloga clínica e educacional Celise Govêa. É importante ainda a criança ter um canal pelo qual expresse, ainda que inconscientemente, seus sentimentos. Podem ser desenhos, jogos, brincadeiras, livros, simulações feitas com seus brinquedos e bonecos. Que haja, enfim, um espaço em que ela expresse simbolicamente a raiva que sente dos pais, a sensação de abandono ou o que estiver em seu inconsciente. A criança provavelmente não entende tudo o que está acontecendo, mas, enquanto empurra carrinhos, dá banho em uma boneca ou anda de bicicleta, ela projeta seus sentimentos e elabora os conflitos que está vivendo. Nesta idade há uma série de novidades que envolvem outras decisões importantes quanto à educação. Como a escolha da escola, por exemplo. É importante que seja uma questão de comum acordo, e que ambos participem desde a fase de adaptação até as reuniões com professores. Mas é no dia-a-dia, perguntando detalhes, que acriança vai sentir a presença dos pais.
Para acalentar essa criança e acalmar seus conflitos emocionais, é preciso muita conversa. Ela tem de perceber o interesse dos pais em seus sentimentos.“Verbalizar colocações como ‘entendo que você esteja triste e que esteja sendo difícil’ é positivo, pois ajuda a criança a se sentir compreendida e amparada”,diz a psicóloga clínica e educacional Celise Govêa. É importante ainda a criança ter um canal pelo qual expresse, ainda que inconscientemente, seus sentimentos. Podem ser desenhos, jogos, brincadeiras, livros, simulações feitas com seus brinquedos e bonecos. Que haja, enfim, um espaço em que ela expresse simbolicamente a raiva que sente dos pais, a sensação de abandono ou o que estiver em seu inconsciente. A criança provavelmente não entende tudo o que está acontecendo, mas, enquanto empurra carrinhos, dá banho em uma boneca ou anda de bicicleta, ela projeta seus sentimentos e elabora os conflitos que está vivendo. Nesta idade há uma série de novidades que envolvem outras decisões importantes quanto à educação. Como a escolha da escola, por exemplo. É importante que seja uma questão de comum acordo, e que ambos participem desde a fase de adaptação até as reuniões com professores. Mas é no dia-a-dia, perguntando detalhes, que acriança vai sentir a presença dos pais.
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